Censura na Fhemig

Hospital impede entrada do Sindicato e realização de assembleia

 

portão fechado barra atividade sindical no HAC

 

Uma cena inaceitável e absurda impediu a realização de assembleia dos trabalhadores do Hospital Alberto Cavalcanti (HAC) nesta segunda-feira (7). Os diretores do Sind-Saúde/MG foram proibidos de entrar no hospital e organizar a assembleia agendada com os trabalhadores. A polícia foi chamada para formalizar a proibição ilegal da entrada de diretores sindicais. Os trabalhadores que aguardavam a chegada do Sind-Saúde tiveram que comparecer a portaria para entender o motivo do cancelamento autoritário da assembleia e ficaram indignados com a postura da direção do HAC.

O ato de cerceamento da atividade sindical é ilegal e antidemocrática, mas na Fhemig isso vem ocorrendo com autorização do alto escalão da Fundação. No fato desta segunda-feira, um contato telefônico feito pela diretora do Sind-Saúde, Neuza Freitas, com a secretária da direção do Hospital informava a decisão do diretor do HAC que proibia a entrada do Sindicato com ordens, segundo ela, da presidência da Fhemig.  Além de barrar a entrada com o fechamento do portão do estacionamento, os funcionários terceirizados, orientados pela chefia da hotelaria foram agressivos com diretores do Sind-Saúde e delegado sindical, com agressões verbais e desrespeito. A polícia lavrou o boletim de ocorrência com todos os relatos.  

 O Sind-Saúde/MG percebe este ato como uma atitude clara de desarticular os trabalhadores que estão revoltados com a situação que o governo de Minas tem tratado a saúde pública e seus servidores. O governo age com truculência para que os servidores não façam as denúncias das precárias condições de trabalho. O tratamento neste hospital foi exacerbado, mas outras situações já vinham acontecendo em outras unidades da Fhemig com o objetivo de impedir a organização da categoria.

 O Sindicato tomará as medidas legais para que acontecimentos assim não se repitam, mas alerta a categoria para que não aceite intimidações grosseiras como esta. O governo não cumpriu até hoje o assinado em acordo, congela os salários dos servidores que passam a ganhar menos no ano que vem e quer enterrar a revisão do plano de carreira que daria segurança profissional aos trabalhadores.

Não aceitamos este ataque e vamos lutar contra opressão e censura.